Texto: Caio Machado / Fotos: Ling B.
A arte de Gisele da Silva Fonseca pode vir de diversas matérias primas distintas: tinta, barbante, cerâmica, arame e sucatas variadas como gaiolas, mostruários de farmácia, grades condensadoras de geladeira, etc.
Gisa, como é chamada pelos familiares e amigos, é autodidata. Aprendeu sozinha a pintar, costurar, esculpir e todos os demais procedimentos manufatureiros e artesanais que dão vida ao trabalho como artista plástica.
Nascida na Rua Silva Guerra, Gisele é a irmã gêmea de Giovanni e possui outros cinco irmãos. Filha de um pai serralheiro e de uma mãe costureira, cresceu no Bairro Brasil, como uma criança da época: brincando nas ruas.
“Minha infância foi muito boa. A gente tinha uma turma muito grande e o que eu mais gostava de brincar era de licença bete”, recordou Gisa, que disse ainda ter estudado nas escolas estaduais Zama Maciel e Marcolino de Barros.
Ela se casou pela primeira vez com Isaque Pereira da Cunha, com quem teve o filho Pablo Fonseca da Cunha, hoje com 29 anos. Eles se mudaram para São Luís do Maranhão, onde o marido vendia sofás, mas o casamento terminou.
Voltando para Patos de Minas, casou-se novamente com o músico José Carlos Caixeta Neto, apelidado de “Capinha”. Da união do casal, nasceu Ling Blues Neto, atualmente com 26 anos de idade.
As artes plásticas entraram na vida de Gisele de uma forma um pouco trágica. Diagnosticada com uma forte depressão, ela consultou-se com diversos psicólogos e psiquiatras, mas nada parecia funcionar.
Por não poder ingerir medicamentos com química, precisou partir para um tratamento homeopático e foi o psicólogo patrocinense Mário Lúcio que sugeriu que ela começasse a pintar como um escape terapêutico.
No tempo em que esteve deprimida, Gisa precisou até ficar afastada dos filhos por 15 dias, de tão crítica que a situação se encontrava. Mas os pinceis e telas foram o tratamento perfeito para a melhora da saúde dela.
Lembro que mostrei o primeiro quadro pro meu irmão gêmeo e ele riu, dizendo que eu não levava jeito. Aquilo fez eu me dedicar ainda mais. Pintei por cima dele uns rostos que eu via quando sonhava e guardo a tela até hoje”, conta.
O primeiro quadro pintado por Gisa |
Com o tempo, ela foi incorporando outros tipos de arte ao arsenal e o ofício foi se tornando uma paixão. Gisele se lembra com ternura, quando o caçula Ling começou a desenhar, pintar e esculpir junto dela.
“Ainda guardo a gaiola com as esculturas que ele fez, eu achava aquilo muito incrível”, lembrou Gisa. Possivelmente influenciado pelos pais, ambos artistas, Ling tornou-se designer gráfico e músico.
Gisa se separou de Capinha e na mesma ocasião, começou a vender esculturas na AFIAP. O trabalho dela começou a repercutir, e em 1998, expôs pinturas na antiga Pamonharia Patos de Milho e participou de um evento no extinto Quiosque.
“Nessa exposição eu tive uma ideia de interação bem bacana. Levei telas, tinta e pinceis para que os participantes pudessem participar. Eles desenhavam e deixavam mensagens nas telas”, contou.
Em fevereiro de 2000, Gisele e o artista plástico de Pindaíbas Sebastião Fernandes Santiago, conhecido como “Tião Santeiro”, tiveram pinturas apresentadas no salão nobre da Canning House Gallery, em Londres, durante a Expomillenium.
A exposição que escolheu os mineiros dentre 400 outros participantes do mundo inteiro, rendeu ainda uma menção honrosa na Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio Janeiro em 30 de abril de 2000.
Gisele transforma tudo que vê em obra de arte. Uma simples cafeteira elétrica estragada ou um par de botinas velhas podem se tornar vasos de plantas e decorar diversos tipos de ambientes.
“Adoro esculpir, principalmente utilizando pedra-pomes. Outra coisa que gosto é de decorar gaiolas, mas ao contrário do esperado, elas não carregam bichos e sim pessoas, em esculturas de sereias e pessoas”, descreveu Gisele.
Recentemente ela começou a trabalhar com macramê e uma janela de oportunidade se abriu com a abertura do concurso cultural “Patos Coração e Chão”, da Prefeitura Musical, do qual Gisa competiu com um cocar feito do material.
Ela mal pôde acreditar quando soube que conquistou a terceira colocação no concurso na categoria de artesanato. “Quando eu soube que 35 obras foram escolhidas, eu torci para que pelo menos eu fosse qualificada entre elas, não esperava vencer”, disse.
Após a divulgação dos vendedores, Gisele começou a ser parabenizada pelos familiares e amigos, porém não conseguiu responder a todos, pois teve uma crise de tremedeira e chorou de emoção.
O trabalho de Gisa pode ser acompanhado ou encomendado por meio da conta oficial da artista plástica no Instagram https://www.instagram.com/gisele.fonseca.artesa/ ou pelo WhatsApp (34) 99206-5477.
“Ainda guardo a gaiola com as esculturas que ele fez, eu achava aquilo muito incrível”, lembrou Gisa. Possivelmente influenciado pelos pais, ambos artistas, Ling tornou-se designer gráfico e músico.
Gisa se separou de Capinha e na mesma ocasião, começou a vender esculturas na AFIAP. O trabalho dela começou a repercutir, e em 1998, expôs pinturas na antiga Pamonharia Patos de Milho e participou de um evento no extinto Quiosque.
“Nessa exposição eu tive uma ideia de interação bem bacana. Levei telas, tinta e pinceis para que os participantes pudessem participar. Eles desenhavam e deixavam mensagens nas telas”, contou.
Em fevereiro de 2000, Gisele e o artista plástico de Pindaíbas Sebastião Fernandes Santiago, conhecido como “Tião Santeiro”, tiveram pinturas apresentadas no salão nobre da Canning House Gallery, em Londres, durante a Expomillenium.
A exposição que escolheu os mineiros dentre 400 outros participantes do mundo inteiro, rendeu ainda uma menção honrosa na Sociedade Brasileira de Belas Artes no Rio Janeiro em 30 de abril de 2000.
Gisele transforma tudo que vê em obra de arte. Uma simples cafeteira elétrica estragada ou um par de botinas velhas podem se tornar vasos de plantas e decorar diversos tipos de ambientes.
“Adoro esculpir, principalmente utilizando pedra-pomes. Outra coisa que gosto é de decorar gaiolas, mas ao contrário do esperado, elas não carregam bichos e sim pessoas, em esculturas de sereias e pessoas”, descreveu Gisele.
Recentemente ela começou a trabalhar com macramê e uma janela de oportunidade se abriu com a abertura do concurso cultural “Patos Coração e Chão”, da Prefeitura Musical, do qual Gisa competiu com um cocar feito do material.
Ela mal pôde acreditar quando soube que conquistou a terceira colocação no concurso na categoria de artesanato. “Quando eu soube que 35 obras foram escolhidas, eu torci para que pelo menos eu fosse qualificada entre elas, não esperava vencer”, disse.
Após a divulgação dos vendedores, Gisele começou a ser parabenizada pelos familiares e amigos, porém não conseguiu responder a todos, pois teve uma crise de tremedeira e chorou de emoção.
O trabalho de Gisa pode ser acompanhado ou encomendado por meio da conta oficial da artista plástica no Instagram https://www.instagram.com/gisele.fonseca.artesa/ ou pelo WhatsApp (34) 99206-5477.
0 Comentários
Obrigado por comentar!