Onipresença

Por Natalia Marins


O tempo parece passar com pressa
O momento carece de nos livrar da inércia
O centro do mundo não é só essa existência
E o que aparento, não interessa, se não vê a essência
Não tento errar o mesmo erro, não compensa
Estou me conhecendo pelos olhos de minha consciência
Não sou o mesmo de ontem paciência
Fico atento ao todos sinais, mas não tenho todas certezas
Sigo o batimento do coração, se há incerteza
Não ostento bens nem razão, busco pureza
Estão lendo a sua intenção, cuidado com o que deseja
O vento sopra em toda direção, mesmo que você não veja
No relento, há quem não tem proteção, não reclame com prato na mesa
Lá dentro do pensamento há uma versão egocêntrica
Um eu denso, a ilusão atrás da transparência
Se o dia está tenso a reação é buscar ter presença e ser onipresença
Nos libertar dessa antiga crença
Saber usar até sua inocência
Não concordar com uma falsa sentença 
Viva o momento e pensa que em cada ação há consequência
Lamento o sofrimento irmã, é irmão almejo que vocês vençam
Sigo torcendo de Coração pra união chegar depressa

Natalia Marins é formada em Letras pelo Centro Universitário de Patos de Minas, tutora, poeta, slammer, sonhadora e sensível à simplicidade.


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2 Comentários

  1. Gostei muito, Natália!👏👏👏👏

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  2. A poesia é um grito de fora pra dentro ou um grito de dentro pra fora? Ou uma canção sem rumo certo além d'alma? Ou duas mãos querendo esganar os covardes, os indiferentes e os tristes? Ou uma mão querendo salvar e acalentar os indiferentes, os covardes e os tristes deles mesmos? E os safados?

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