Na Calada da Noite

Por Rugério Vaz

Sebastiaan Stam/Pexels

Calado na calada tentei entender
As cartas dadas no dia de desespero
Não disseram nada, não deixaram eu ver
Os olhos do engano no engodo vespeiro.

Minha mente confusa insiste e em vão
Não consegue acompanhar tamanho desatino
Minha gente intrusa, muita fome, pouco pão
Já não bastam as mazelas deste sangue latino.

Muita sorte, pouco chão, muita letra, pouco rumo
Eu me calo na calada onde apenas me confundo
Acaso louco, mundo cão, eles gritam enquanto durmo
Um passado pela frente pra sair do poço fundo.

Calado na calada tentei entender
As cartas dadas no dia de desespero
Não disseram nada, não deixaram eu viver
atiraram nos versos deste afro-brasileiro.


Mineiro desde 1984, Rugério Vaz respira poesia e joga uns poemas ao vento. Estudou Comunicação Social no Unipam e descobriu que prova não prova nada.

🦆

Apoie o jornalismo independente colaborando com doações mensais de a partir de R$5 no nosso financiamento coletivo do Catarse: http://catarse.me/jornaldepatos. Considere também doar qualquer quantia pelo PIX com a chave jornaldepatoscontato@gmail.com.

Postar um comentário

1 Comentários

Obrigado por comentar!