No cimo da Terra
O horizonte se desfez num todo.
(Essa linha que separa o imaginável
Um dia se finda no escuro)
Cansados da longa caminhada
Mesmerizados por um túmulo cinza
Vimos da laje aberta
Lírios de plástico em seu interior;
Então buscamos no céu o nosso reflexo
E só vimos o reflexo do céu
Nos nossos próprios olhos.
"Esperamos, por fim, o instante"
No qual Deus rasgasse esse vazio...
Não houve nada mais
"Que o sussurro de um vento
Cortando nossos corpos,"
vozes e desejos –
A única imagem do impossível.
Agostine Braga é fotógrafo de rua, poeta e professor, situado em Patos de Minas
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