A máquina de moer poesia

Por Rugério Vaz

Imagem: Pexels/Dennis Ariel

A máquina de moer poesia
Não tem nome, não tem cara
Não tem fome, mas te encara
Não te come, mas te fode
A máquina de moer poesia tudo pode.

A máquina de moer poesia tem a grande ironia de ser silenciosa, mas ela
grita na agonia de quem quer viver, mesmo sendo toda poderosa, a
máquina de moer poesia é gananciosa.

A máquina de moer poesia
Não tem nome, não tem cara
Não tem fome, mas te encara
Não te come, mas te fode
A máquina de moer poesia tudo pode.

A máquina de moer poesia
é grande, mas tem quem não a veja, mesmo todos sabendo
da sua grotesca grandeza.
Mostrar quem é ela é dizer quem somos
Olhar para ela e pensar, por que respeitamos?

A máquina de moer poesia
Não tem nome, não tem cara
Não tem fome, mas te encara
Não te come, mas te fode
A máquina de moer poesia tudo pode.


Mineiro desde 1984, Rugério Vaz respira poesia e joga uns poemas ao vento. Estudou Comunicação Social no Unipam e descobriu que prova não prova nada.

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