O silêncio que grita

Por Rugério Vaz

Imagem: Pexels / Johannes Plenio

Olhos atentos no nada, horizonte
como quem busca a reposta, nos montes
no silêncio impreciso, jornadas, fontes
Já não sei se sou, se fui, me diga, aponte.

No relógio impreciso das novidades
Já não sei me comportar como deveria
O fio fino tempo da vida, afinidades
que já não encontro solto nessa cidade.

Que dilacera teus dias feito um trator
ao rasgar a terra em busca de mentiras
nas quais eles querem com fé acreditar
na colheita raiva, ódio, rancor
O que plantaram, comeram, elementar.

Olhos atentos no nada, terra adorada
de tantos poucos, teu silêncio grita
como um louco, Já não sei se sou, se
fui, me diga, aponte, eu só olho para
o horizonte com quem busca a resposta.


Mineiro desde 1984, Rugério Vaz respira poesia e joga uns poemas ao vento. Estudou Comunicação Social no Unipam e descobriu que prova não prova nada.

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