Bom dia

Por Natália Marins


Gostaria de acordar um dia e falar "bom dia!" pra todos que cruzarem o caminho, alguns creio que haverá resposta surpresa com a sutil gentileza e outros pode ser que nem sequer respondam por ter seus motivos íntimos e não os julgo, falar o que pra um desconhecido ou um completo estranho?

Às vezes, é raro, mas me calo quando não tenho certeza da resposta das minhas perguntas internas, deveria me calar sempre então?...

O silêncio pra mim é confortável como a morte, mas eu grito aos quatro cantos, gritei para o vazio e ele respondeu.

Essa poesia é sobre a teimosia de falar o que vem à cabeça mas nem sempre pois é preciso ter consciência, conversar por incrível que pareça é uma habilidade que faz com que a gente cresça, se conheça, se não der pra falar na hora, escreva pra pegar a visão do seu coração.

Entre pausas, pontos & vírgulas, pontuo a ação, na minha visão os silêncios são necessários sim mas se fossem só eles não haveriam histórias inteiras a serem vividas, ditas, ouvidas ou até ouso dizer sentidas.

Não haveria música nem o canto dos pássaros, não saberia da buzina e seria atropelado.

Não ouviria o chamado do amor e ficaria calado.

Creio que o choro ao nascer é a primeira forma de ser e o rir ao crescer a forma mais corajosa de se viver.

Mas o que é que te fez pensar por esse lado?

Pensando com palavras que não podem ficar trancadas nesse cadeado. Tá falado.

Falar não gasta dinheiro, aliás é um privilégio saber se comunicar, mas calma não quero te encher de informações que não são de seu interesse, apenas trocar de percepções já que estamos todos juntos nesse imenso globo terrestre.

Vejo pessoas querendo contato com pessoas reais mas não se forem reais demais porque isso acaba assustando os demais.

Já guardei tanta coisa por receio de ser julgada, e o pior por pessoas que eu amava, só que um dia meu vazio estava cheio demais e eu explodi, hoje em dia eu não guardo mais, entendi que quem gosta mesmo de ti vai saber quando aconselhar sem apontar e quando ouvir sem julgar, e um dia sem ti quando não houver nem ouvir mais sua voz vai sentir.

É isso mesmo que vou dizer, não quero me corromper e me calar só pra parecer um modelo perfeito de não sei o que até o dia em que perecer, faço a prece pra não ser assim, nem tudo é o que parece mas eu sou o que sou e não o que fizeram de mim. 


Natalia Marins é formada em Letras pelo Centro Universitário de Patos de Minas, tutora, poeta, slammer, sonhadora e sensível à simplicidade.

🦆

Apoie o jornalismo independente colaborando com doações mensais de a partir de R$5 no nosso financiamento coletivo do Catarse: http://catarse.me/jornaldepatos. Considere também doar qualquer quantia pelo PIX com a chave jornaldepatoscontato@gmail.com.

Postar um comentário

1 Comentários

  1. Obrigada pleo espaço vocês são muito importantes pra propagar a cultura local

    ResponderExcluir

Obrigado por comentar!