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| Imagem: Pixabay |
Dos pequenos prazeres da vida,
um dos maiores é a feijoada.
Dia de feijoada é dia
de reunir os parentes,
de chamar os amigos.
Dia de feijoada é dia
de perdoar os pecados,
de flexibilizar a penitência.
Dia de feijoada é dia
de juntar as metades da laranja
na laranja que se divide.
É dia de esquecer o ciúme
no louro que dá sabor,
mas que, no prato,
é deixado de lado.
É dia de cobrir com farofa
o ressentimento,
de ressaltar a alegria cotidiana
com o leve amargo da couve.
É dia de, na cerveja gelada,
beber espontaneidade,
manha,
preguiça.
Dos pequenos prazeres da feijoada,
um dos maiores é a vida.
Teófilo Arvelos é autor dos livros Parnaso, Lágrima, Poesia à beira d’água e O operário. Atualmente, estuda geografia na Unicamp.
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