Por Natália Marins
Imagem: Djonga: O menino que queria ser Deus - Ceia/2018 |
Tá osso o ofício
Buscando me encontrar
Nesse mundo perdido
Correndo até cansar
Mesmo ciente que o jogo é vendido
Ainda não sou rico
Aqui estou mais um dia vivo e no fim preciso ter vencido
Pois o que me incomoda é a fome e não tampar o umbigo
Sigo ainda atrás, mas mais atrás do meu compromisso
Sigo tentando ficar em paz mesmo sabendo que de batalhas eu vivo
Tenho dito
Não é de hoje que tem algo de muito errado nisso
E você deve tá pensando
"O que você tem a ver com isso?"
Pior do que o mal é ser omisso
Racionalizando as emoções que tenho sentido
Consertando em partes do meu coração partido
Estou farto dessa competição sem sentido
Enfrentando combates, sem empates, só quero vencer meu pior inimigo
Que sou eu mesmo desde que aprendi que o mundo é maldito
E eu com minha pureza no meio disso
Medo de ser corrompido
Mas não tem perigo
Bendito seja quem não ouvir os ruídos
Não sabemos realmente o real sentido
Da vida
Menina que instiga
A pensar na partida
Como incentivo a importância da vida ser vivida
Não me importa a cor do seu visa
Deixa eu ver sua pupila
Se contém verdade ou se tá vazia
Igual o meu bolso que já esteve meio cheio um dia
E eu de saco cheio da mesma fita
Mesmas ruas e toda essa gente em briga
E nem percebe pois é uma doença silenciosa e maldita
A guerra das classes
Existe. Acredita? Então me diga.
Qual é a sua?
Natalia Marins é formada em Letras pelo Centro Universitário de Patos de Minas, tutora, poeta, slammer, sonhadora e sensível à simplicidade.
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