O imaginário teatral e artístico de Marcos Nepomuceno

Por Caio Machado


Marcos Nepomuceno Luiz é um artista plástico, fotógrafo, cenógrafo, diretor teatral e professor de 37 anos. Casado com Cláudia Pereira Machado, Marcos ainda consegue encontrar tempo para brincar e cuidar do filho Miguel, de apenas três anos de idade.

Ele vem da tradicional família de artistas patenses Nepomuceno, neto do icônico Vicente Nepomuceno e filho de Consuelo, diretora do Grupo de Teatro Universitário de Patos de Minas (Tupam), onde atua como cenógrafo há 15 anos.

Apaixonado por super-heróis e fantasia, Marcos é idolatrado pelos alunos do Centro de Formação das Artes do Palco Primeiro Ato, grupo fundado por ele no ano de 2015, que atualmente conta com sete turmas, e também pelos alunos do Marista e CNSG.

Recentemente, ele obteve o primeiro lugar na categoria de artesanato no concurso cultural “Patos Coração e Chão”, realizado pela Prefeitura Municipal. A seguir, a íntegra da entrevista concedida por videoconferência ao Jornal de Patos:

Jornal de Patos: Como foi crescer numa família com tantos artistas?
Marcos Nepomuceno: Quando eu era criança, gostava de arte e de ver as coisas, mas não gostava de fazer. Peguei a época em que meu avô ia para galpões das empresas para fazer uns cinco ou seis carros alegóricos para a Festa do Milho, daqueles do final do desfile que levavam as princesas e consequentemente um ou outro para alguma empresa que o contratava. Em meados de maio ele sempre chamava a família para ver e eu que não era bobo, ia junto. Uma das minhas brincadeiras era ir para a casa dele e ver se ele estava restaurando algum santo ou pintando algum quadro.
Mas o lado ruim disso, é que eu sempre sofri muita comparação. Eu desenhava, mas também tinha o Luís André, e mesmo que os estilos fossem diferentes, sempre aconteciam as comparações. Fui para a escultura, passaram alguns anos e o Valério também começou a esculpir. Na pintura, tem o meu avô e no teatro, minha mãe e meu tio Romero.
Eu equilibrava tudo isso na infância pelo lado da família do meu pai, José Luís dos Anjos, que é de origem rural, e eu me divertia com bichos. Meu avô paterno criava porcos e galinhas e eu adorava ver os animais.

JP: Onde você cresceu? Costumava brincar na rua?
MN: Nossa primeira casa ficava na Rua Cesário Alvin, mas logo depois nos mudamos para o Bairro Jardim Centro. Meu pai passou cinco anos construindo uma casa muito grande, no meio do nada. Ele comprou um lote longe de tudo para realizar a obra da casa dos sonhos dele. Ela ficava logo depois daquele conjunto de prédios aos fundos do Mercado Municipal, onde na época ainda não existia nada além dos prédios e loteamentos. Ela foi uma das primeiras casas a ser construída no local. Por ser isolada, todo mundo falava que ele era doido da cabeça e que o local não iria crescer.
Logo que nos mudamos pra lá, brincávamos em pelo menos uns 20 meninos pelas ruas. Era garrafão, pique-esconde e polícia e ladrão. Certa vez, juntamos com a galera que morava nos prédios e chegamos a brincar de polícia e ladrão de patins em umas 50 pessoas. Eu era o único que descia o morro do Mocambo de patins, bem lá de cima. Minha infância foi muito bem aproveitada. Eu brinquei para caramba e sempre fui um menino custoso, mas quando tomava bronca, eu sossegava. Diferente das crianças de hoje em dia, que depois da bronca, voltam a fazer bagunça.

JP: Você nunca chegou a cair naquele morro?
MN: Eu nunca caí lá, mas eu lembro que quando eu tinha 16 anos e meu irmão já estava com 18 anos e dirigindo, apostamos corrida para ver quem chegava primeiro em casa. Ele de carro e eu de bicicleta. Apostamos porque eu poderia passar por algumas ruas que o carro não conseguiria. Não tenho a mínima noção do que aconteceu, provavelmente eu bati a cabeça no meio fio, mas só lembro de acordar no hospital, o acidente foi bem próximo ao morro do Mocambo, ali na Rua Petúnias.

JP: Em quais escolas você estudou?
MN: Eu passei por várias escolas de Patos de Minas. Fiz o jardim no Colégio Marista, depois fiquei do pré até à quarta série na Escola Estadual Cônego Getúlio. A quinta e sexta série eu fiz no Estadual, a sétima e oitava no Marcolino, que foi a escola que eu mais me identifiquei e, por fim, conclui o ensino médio no Colégio Da Vinci.


JP: Seu envolvimento no meio teatral começou ainda na infância ou veio posteriormente?
MN: O teatro pra mim começou lá pros 13 anos, quando minha mãe me colocou para fazer a sonoplastia da peça “O Pequeno Príncipe” no palquinho do Mind Idiomas, que era da minha tia Mafalda. Eu fui sem ensaiar, mas deu tudo certo.
Volta e meia eu ajudava minha mãe com alguma coisa, mas a coisa ficou mais séria quando fiz 18 anos e fui estudar Artes Plásticas na Universidade Federal de Uberlândia. Além da grade obrigatória, acrescentei disciplinas optativas de teatro e cursei Teatro da Educação, Teatro Infantil, Teatro do Brasil, Cenografia, Iluminação, etc.
Vivi coisas muito loucas com a galera do teatro, principalmente na cenografia. Lembro que um dos trabalhos finais foi uma intervenção artística que iria acontecer dentro de um banheiro. Era um grupo de malucos em que alguns deles ficavam só de roupas íntimas ou até mesmo pelados. Todo mundo tinha que entrar e fazer alguma coisa, mas eu apenas entrei pra uma divisória e fiquei lá quieto. O problema é que os alunos e professores entravam pra ver e espiavam o que eu estava fazendo.

JP: Como era ser um daltônico num curso de Artes Plásticas?
MN: Logo no primeiro semestre, na disciplina de Pintura I, uma professora passou uma atividade valendo ponto em que os alunos deveriam fazer um Disco de Newton usando apenas cores primárias. Como eu era bixo e tinha acabado de entrar, não reclamei e fiz o meu. Quando terminei, ela disse que estava ruim e pediu para que eu fizesse outro. Levei de volta e ela disse que ainda estava errado. No terceiro eu disse que era daltônico e que não conseguiria, mas ela pediu que eu repetisse. Fiz o disco dez vezes e ainda consegui tirar nota seis. Acho que ela não acreditou em mim e pensou que eu estava brincando. Até eu formar eu acho que ela nunca levou a sério.
Eu pensei que estava ferrado, pois tinha passado por isso logo no primeiro semestre, mas eu decidi que dali em diante, todos os meus trabalhos seriam feitos utilizando apenas azul, amarelo, preto e branco, pois estas cores eram as que mais destacavam pra mim. Houve algumas exceções nas disciplinas de Gravuras, que eu me identifiquei bastante, mas no geral, mantive essas cores.
Acabei criando um estilo próprio e era fácil identificar minhas obras nas exposições de fim de ano. Todas as cores escuras me confundem, e eu não sei o que é a cor roxa que vocês conhecem, para mim tudo é vermelho. Hoje em dia eu não utilizo tanto estas quatro cores, e em casa eu peço ajuda para a Cláudia, quando quero pintar coisas em outras cores.

JP: O que você fez após se formar?
MN: Voltei para Patos de Minas sabendo que iria lecionar pois não conseguiria viver aqui vendendo quadros e desenhos. Levei currículo para todas as escolas e a minha primeira experiência foi como professor substituto no Marcolino de Barros por duas semanas. Foi nessa época que conheci o Paulo Henrique Fernandes da Silva, tecladista do Tupam. Ele foi meu aluno numa turma do terceiro ano e foi o primeiro deficiente visual para quem lecionei. Lembro que levei as matrizes de umas gravuras e talvez tenha sido a primeira noção dele do que seria uma obra de arte.
No ano seguinte fui contratado pelo Marista e eles tiveram muita paciência comigo, por ainda ser novato em sala de aula. Além disso, aprendi tudo por lá e eles ainda me explicaram como era a forma deles ensinarem. Em seguida também fui chamado para dar aulas de artes no Colégio Nossa Senhora das Graças (CNSG).


JP: E quando surgiu a ideia de ensinar teatro?
MN: Uma professora do Marista estava saindo e me chamaram para pegar as aulas dela. A minha mãe já havia lecionado teatro lá e criado o grupo Tema (Teatro Marista), e como a minha turma seria de crianças, em referência a ela, fiz o grupo Teminha (Teatro Marista Infantil). Um tempo depois a professora dos alunos mais velhos saiu e eu peguei a turma do Tema também.
Eu havia feito um concurso público para lecionar artes logo que voltei da faculdade, eu tinha passado em primeiro lugar, mas não haviam me chamado. Cinco anos depois, fui convocado e tirei uma licença não remunerada de dois anos no Marista, para pelo menos tentar. Escolhi lecionar no Marcolino, mas novamente fiquei apenas duas semanas e saí, pois sabia que as coisas não seriam do jeito que eu esperava.
Devido a minha licença, tive que deixar as aulas de teatro do Marista e alguns dos alunos começaram a me procurar pedindo que eu criasse uma escola particular. Eu conversei com alguns alunos do CNSG e eles também disseram que queriam as aulas. Decidi abrir uma turma, sem muitas expectativas, mas em menos de um dia, todos as vagas foram preenchidas pelos meus alunos do Marista, apenas um deles ficou de fora, mas anos depois acabou voltando. Abri outra turma, que também foi rapidamente preenchida por alunos do CNSG. Nascia então o Grupo Primeiro Ato, no ano de 2015.

JP: Você se lembra qual foi a primeira peça que os alunos encenaram?
MN: Em um dos festivais que participei com o Tupam na cidade de Conselheiro Lafaiete assisti uma peça chamada “O vaqueiro que não sabia mentir”, do grupo carioca Cutucurim. Entrei em contato com os autores do texto e disse que tinha adorado e que queria encená-lo na escola de adolescentes que havia criado e eles toparam. Era uma peça da qual a narrativa girava em torno da lenda do Bumba meu boi. O outro texto que encenamos foi “A Bailarina”, de autoria da minha mãe. Ele era mais infantil e o deixei para a turma com as crianças mais novas. Até hoje os alunos antigos falam dessas peças e da vontade de reencená-las.

JP: Fale um pouco sobre o festival anual que você organiza com as turmas do Grupo Primeiro Ato.
MN: Em 2016, eu abri uma terceira turma, que também lotou rapidamente. Como eu já havia participado de vários festivais com o Grupo Tupam, e aprendido muito com isto, senti que deveria incentivar meus alunos com uma experiência do tipo, mas eu não conseguiria leva-los em festivais, pois a maioria deles tinha menos de 16 anos. Foi aí que decidi organizar meu próprio festival.
No ano seguinte após a primeira edição, passei a leva-los para festivais fora da cidade. Os pais confiavam em mim pois sabiam que eu era uma pessoa sólida e tudo mais. Logo no primeiro festival que participamos, também em Conselheiro Lafaiete, fomos indicados e vencemos alguns prêmios. Os jurados ficavam me perguntando como eu conseguia fazer tudo aquilo com essa molecada e ainda por cima leva-los ao festival.
Com os festivais que organizei, consegui de forma natural fazer uma coisa que eu achava que não iria funcionar: uma parceria entre todas as turmas. Claro que a competição existe, mas não entre eles. Nos bastidores todos se ajudam, se alguém esquece o violão um outro grupo empresta, eles fazem as maquiagens para todos, etc. E isto é o que mais me motiva a continuar com o festival.

JP: Como você começou a confeccionar os próprios troféus?
MN: Isso começou no primeiro festival organizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC) em 2005. Lembro que o orçamento era de apenas 10 mil reais para todos os custos. Não sobrou dinheiro para a alimentação, pois uma parceria havia dado errado e estávamos desesperados, pois os participantes já estavam chegando para o festival que começaria em dois dias.
A minha esposa Cláudia e a Débora pegaram o carro e saíram pelos restaurantes da cidade explicando a situação e pedindo por doações. Eu estava almoçando com a minha mãe e elas chegaram dizendo que tinha uma surpresa para mostrar pra ela. Quando elas abriram o porta-malas do carro, ele estava entupido de comida, e por fim, a mãe da Carla, que era cantineira se ofereceu para cozinhar de graça. O festival foi maravilhoso, com um nível fantástico.
E como o orçamento era pequeno para uma coisa básica como a comida, obviamente que os troféus ficariam de fora, pois cada estatueta custava cerca de 150 reais. Me ofereci para criar máscaras de gesso com diferentes texturas para cada categoria da premiação. Pedi ajuda para a Cláudia com a atadura de gesso e usei meu próprio rosto de molde. Ninguém percebeu que era minha cara e desde então nunca mais parei. Hoje em dia levo os moldes para a Fundição Nossa Senhora, do Marlus Vinícius e Wagner Correia. Além dos festivais do Tupam e Primeiro Ato, também fiz troféus para Araçuaí, Araguari e Paracatu.


JP: Como você conheceu a sua esposa Cláudia?
MN: Minha mãe deu uma oficina de teatro na Fucap e a Cláudia, que na época tinha uns 15 anos, participou. Ela entrosou com o pessoal que se tornaria os antigos membros do Tupam e por não ter namorado, começou a ser incentivada por eles a namorar comigo. Fizeram de tudo, e até uma foto dela com um recado foi colocado debaixo do meu travesseiro enquanto eu estava viajando. Um mega cupido! Decidi chamar ela para namorar. Ela estava ali bonitinha, eu atoa e ela já tinha até o carisma da minha mãe.
Começamos a namorar quatro meses antes de eu me mudar para Uberlândia. Eu vinha a cada quinze dias, passava os fins de semana com ela e depois voltava pra estudar. Nos casamos no ano de 2011, depois de dez anos de namoro e em julho de 2017, tivemos o nosso filho Miguel.

JP: Quando você se tornou o cenógrafo do Grupo Tupam?
MN: Antes do Tupam se tornar um grupo e o Nac ser fundado, minha mãe já realizava diversas peças de teatro para empresas da cidade. A primeira peça expressiva que ela dirigiu foi “O Auto da Barca do Inferno”, que contou com a participação de diversas pessoas do teatro patense, como o Miltinho, Elder do cartório, Alfredo, Carla, Vivian, etc.
Como eu já namorava a Cláudia, que atuava e em 2005, se tornaria a primeira estagiária do NAC, fiquei envolvido, mas nessa primeira peça, o cenário foi feito pelo meu avô. Eu tomava conta do camarim e cuidava do maquinário. Lembro que eu fiz o maior barulhão com uma máquina de gelo, mas a culpa foi deles, que me deram uma latinha de sorvete com o gelo seco para jogá-lo no cano da máquina. Era um barulho dos infernos, que só dava pra evitar se pegasse o gelo, que queimava as mãos. Tive que pegar o gelo, me queimando todo, porém fazendo menos barulho.
No ano seguinte surgiu o NAC e consequentemente o Tupam, e minha mãe começou a encenar a peça “Decamerão”. Decidi fazer o cenário e como minha mãe queria um muro das lamentações, escolhi usar engradados de cerveja que possibilitavam a montagem disso. Eu ainda tive a ideia de colocar uma foto do personagem Ciappelletto para uma surpresa ao final da peça e ainda entregamos um santinho dele para a plateia. Até hoje algumas pessoas contam que ainda tem o santinho guardado. Essa ideia de usar um objeto como cenário móvel foi influenciado pelas peças que vi de Uberlândia e acabou se tornando minha identidade.
Em “Escola de Mulheres”, por exemplo, minha mãe queria uma carroça e algo rústico. Enquanto eu voltava para casa de carro, vi uns paletes pela rua e decidi que os usaria na cenografia. Minha mãe achou que não daria certo, pelo fato deles serem muito pesados, mas a atriz Marcella Melgaço ficou empolgada com a ideia e disse que queria testar. Após o teste, percebemos que aquilo era pesado, mas que com os ensaios eles se tornariam leves. Nos festivais os jurados sempre perguntavam como os atores conseguiam fazer algo tão pesado se parecer com uma pluma.

Marcos Nepomuceno junto de todas as turmas do Primeiro Ato em 2019.

JP: Desde a terceira edição do festival de teatro do Grupo Primeiro Ato, todas as peças e canções passaram a ser de autoria dos próprios alunos. Como isso começou a acontecer?
MN: A ideia veio de querer valorizar os meninos e incentivá-los a criar tudo. Desde o primeiro festival eles estão envolvidos em todos os processos da produção, menos a de escrever os textos e músicas. Eu tive um problema com direitos autorais e após um sufoco que passei, decidi que deveríamos começar a escrever nossos próprios textos.
No início eu tive medo de colocar a molecada para escrever, mas após sentar-me com eles, discutir roteiros, traçar os caminhos, cenários e características de cada personagem, percebi que aquilo daria certo. Já aproveitei para incentivá-los a escrever as músicas também. E de repente começou a nascer músicas lindas! O Primeiro Ato é um celeiro de artistas. Eu acrescentei o prêmio de melhor texto na competição e isso acabou puxando a molecada a produzir cada vez mais.

JP: Como a pandemia do novo coronavírus prejudicou o Grupo Primeiro Ato?
MN: Eu fechei a escola logo na primeira semana e comecei a dar aulas online. Por sorte tínhamos concluído as dinâmicas feitas antes das peças que servem para o entrosamento dos alunos em cada turma e partimos com tranquilidade para a etapa de criar os textos online. Eu achei que a pandemia iria durar apenas o tempo necessário para escrever, que geralmente leva uns dois meses. Fizemos um teste de elenco online, porém a pandemia não acabou.
Começou a ficar complicado depois disso, pois precisaríamos ensaiar, mas tudo está acontecendo bem por videoconferências que faço com cerca de 12 a 15 alunos pelo aplicativo Zoom. Falei abertamente que o festival provavelmente não iria acontecer neste ano e infelizmente perdi 12 alunos. Queria realiza-lo no fim do ano, mas se não der, a gente adia pro ano que vem ou pra quando puder. Não tenho esperança que a curva de contágio irá diminuir, estou esperando pela vacina.

JP: Qual foi o momento mais marcante que você teve com o Grupo Primeiro Ato?
MN: Aconteceu durante o primeiro festival que realizamos, após a apresentação da peça “O Mágico de Oz”. Durante a premiação, os alunos de várias peças começaram a declamar um texto gigantesco sobre o festival, falando sobre a criação do Primeiro Ato e sobre a importância daquele movimento artístico que estava acontecendo. Quando terminaram, a plateia se levantou e começou a cantar a música “Alecrim Dourado”, que todo mundo sabia que eu era apaixonado, aí eu desabei, obviamente.
No ano passado eu perdi meu avô, que já estava com 105 anos, e eu queria repetir aquela mesma surpresa para minha mãe durante a quarta edição do festival do Primeiro Ato. Ele adorava a música “Em Noites Claras”, que nós costumamos cantar em todas as festas da família, então eu ensaiei isso furtivamente com todos os meninos. Foi muito marcante ver o rosto da minha mãe na plateia neste momento.

Foto: Caio Machado

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7 Comentários

  1. Que trajetória de vida maravilhosa!!! Parabéns Marcos Nepomuceno!!!

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  2. Caio, achei ótima essa ideia de mostrar o trabalho do Marcos. Ótima entrevista.

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  3. Grande educador, artista e pessoa. Admiro muito em todos estes setores.

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    1. Muito obrigado mês.o sem saber quem é kkkk

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