A carreira jornalística e comunicacional de Mariângela Nogueira

Por Caio Machado


Com quase 35 anos de atuação no meio da comunicação social, Mariângela Nogueira já passou por jornais como Estado de Minas e TV Triângulo. Após uma década à frente do jornalismo, decidiu arriscar novas experiências no ramo da assessoria de comunicação.

Maria Ângela Nunes Nogueira Martins começou assessorando a Associação Comercial e Industrial de Patos de Minas (ACIPATOS) e há quinze anos trabalha na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Em entrevista concedida ao Jornal de Patos, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, ela compartilha histórias sobre a carreira profissional. Leia na íntegra, a entrevista de Mariângela Nogueira à coluna “Jornalista Patenses”:

Jornal de Patos: Você é natural de Patos de Minas? Onde cresceu e viveu? Como foi sua infância e em quais escolas estudou?
Mariângela Nogueira: Sou natural de Patos de Minas. Filha de João Batista Nogueira (in memoriam) e Edna Nunes Nogueira e tenho três irmãos: João Batista, Maria Inês e José Humberto. Tive uma infância muito tranquila, normal de toda criança. Estudei na Escola Estadual Marcolino de Barros (1ª à 4ª séries), Escola Estadual Prof. Antônio Dias Maciel (Escola Normal) (5ª a 7ª séries) e Escola Estadual Zama Maciel (8ª, 1º e 2º anos do 2º grau). Aos 16 anos, mudei-me para Uberlândia, onde concluí o 2º grau, no Colégio Objetivo. Me casei em 2004, com José Geraldo Martins – Morais e tenho um filho – Júlio César.

JP: Quando o interesse pela comunicação surgiu em sua vida?
MN: O meu primeiro contato com o curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, foi ainda no Colégio Objetivo, quando foram apresentadas as opções de cursos para que os alunos pudessem fazer as inscrições nos vestibulares. Foi de uma forma bem despretensiosa. Eu pretendia fazer Psicologia, curso em primeira opção na UFU. No entanto, na FIUBE (Uberaba) coloquei Comunicação Social / Jornalismo na primeira opção e Psicologia na segunda. Por fim, passei em Comunicação. No primeiro mês da faculdade, me apaixonei pelo curso e não quis mais mudar.

JP: Conte sobre sua graduação e como foi a vida universitária.
MN: O curso era de quatro anos, mas a minha turma de faculdade conseguiu concluí-lo em três anos e meio, porque na época, conseguir ampliar as disciplinas nos períodos. Assim, estendemos a grade curricular, conseguindo concluir todas as disciplinas exigidas. Na época não era um curso muito solicitado, tanto é que a minha turma teve apenas 13 formandos em Jornalismo, dois em Comunicação/Habilitação em Publicidade e Propaganda e dois em Comunicação/Relações Públicas. O curso era noturno nos primeiros períodos e, posteriormente, passamos a cumprir jornada em outros turnos, com as disciplinas extras e os laboratórios – Fotografia, Rádio, TV, Murais e outros jornais da própria faculdade. Já naquela época, defendíamos a exigência do diploma para a carreira de Comunicação Social / Jornalismo. Comemoramos em Agosto de 2020, 33 anos de formados. É uma turma que se mantém unida, ainda hoje, por meio das redes sociais. Não conseguimos nos reunir para celebrar essas datas importantes, visto que é difícil conciliar as agendas dos colegas com as carreiras nos veículos de comunicação/assessorias.


JP: Onde você atuou depois que se formou?
MN: No dia seguinte à minha formatura em Uberaba, mudei-me para Uberlândia e comecei a trabalhar na empresa Transatlântica – Sucursal da TV Manchete. Em Uberlândia permaneci de 1987 a 1990, passando pelos veículos: Jornais Primeira Hora, Estado de Minas, Correio de Uberlândia e Revista Dystaks. Em Patos de Minas, constitui uma empresa para prestar serviços como correspondente para o Correio de Uberlândia. Trabalhei também, na TV Triângulo (hoje Rede Integração – Globo); e juntamente, com o radialista Walter Soares e os cinegrafistas Emílio Braga e Luis Carvalho, editamos o Jornal da Terra (1ª Edição). A segunda edição dele teve a participação do jornalista Wellington Nei e da administradora Ângela Lemos. A partir de 1997, iniciei a carreira como assessora de comunicação.

JP: Fale sobre sua experiência na assessoria de comunicação.
MN: O primeiro trabalho como assessora foi na ACIPATOS, sob a presidência da empresária e hoje cantora Gláucia Nasser de Carvalho. A oportunidade dada pela empresária a mim, possibilitou abrir novas portas, me estabelecer e aprimorar meu trabalho. Atuei também, no Sindicato dos Produtores Rurais (especialmente, na Fenamilho), Câmara Municipal, Prefeitura de Patos de Minas, SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e FIEMG Regional Alto Paranaíba.

Na minha carreira fiz também, trabalhos independentes para empresas e outros veículos de comunicação, por meio da empresa que tinha. JP: Por fim, quando se tornou assessora da Fiemg? MN: Na Fiemg, iniciei como assessora de comunicação contratada, em 2005. Permaneci como terceirizada até 2012, quando então houve uma reestruturação na instituição, criando-se o cargo de analista de comunicação e, após passar por processo seletivo, fui efetivada no cargo.

JP: Pode citar momentos marcantes de sua carreira?
MN: Em cada veículo pelo qual passei, tenho boas lembranças ou histórias interessantes. Foram marcantes os mestres que encontrei pelo caminho – os jornalistas Ivan Santos, Orlei Moreira, Almerindo Camilo (in memorian) e Manoel Serafim (in memorian). Com eles, aprendi muito. Abro um parêntese para registrar que foi na época em que trabalhei na TV Triângulo, que passei a adotar o meu nome escrito “emendado” – Mariângela Nogueira. Era praxe usar somente um nome e um sobrenome para o repórter e o meu editor Ivan Santos, deu esta sugestão, que acolho até hoje.

Aproveito para registrar como marcantes, também, as pessoas que me deram as oportunidades para exercer a profissão que abracei, de modo especial, à Gláucia Nasser, que abriu a primeira porta para as assessorias. E a todos os colegas e amigos que fiz ao longo desta trajetória. Cada colega, ao seu tempo, me ajudou a enfrentar os desafios que apareciam e a buscar o aperfeiçoamento profissional. Na carreira de um Jornalista é fundamental estar sempre se mantendo atualizado às novas tecnologias, principalmente, para quem – como eu - viveu na era do telex, do fax e vê toda esta evolução das redes sociais.

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1 Comentários

  1. Ótima lembrança. Excelente profissional . Mariangela, parabéns!👏👏👏👏

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