Libérrimo Canto

Por Juliana Canhestro 

Foto: Lenice Canhestro

No desalento da moça
Sua única companhia
Era teu consolável desfecho
Seu caminhar desolado
De um andado miserável.

De forma lenta
Tentava repor a energia do olhar
Porém, mesmo com um ingênuo movimento
Teu coração vinha a fadigar.

Naquele dia em que chorava
Sob a penumbra de sua alma
De repente, como se fosse chuva de verão,
Escutou a canção de um pássaro
Um canto intenso e suave
Consoante a uma poesia sobre o amor
Revelando a moça
A redenção em teu interior.

O acaso lhe cuidou
E o gesto veio de forma ímpeto
A serendipidade em teu caminho
Refloresceu as estações
Reacendeu tuas paixões.
O pássaro a guiou
Para o hábito que ela tinha em amar
Cintilando sua essência
Que se encontrava perdida na escuridão.

Ah o libérrimo canto do pássaro
De forma pura e singela
E uma áurea acolhedora e honesta
Fez a poesia da moça alvorecer
Talhando em seu peito
O Renascer de sua aurora
Em todo o amanhecer.


Juliana Canhestro é uma futura advogada, apaixonada pela música e a natureza. Em constante crescimento e conhecimento, gosta de escrever e sonhar nas horas vagas.

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