Após quase sete anos, banda carmense Laranja Sonora lança segundo EP

Por Caio Machado


O projeto musical de Carmo do Paranaíba intitulado Laranja Sonora, lançou na manhã desta quarta-feira (16), um EP com seis músicas inéditas. O trabalho é encabeçado pelo vocalista Vitor Guimarães, que também faz partes das bandas Boko Moko, Matéria Escura e lidera o selo Gorilla Records.

“II” marca a transição musical do projeto Laranja Sonora a timbres experimentais influenciadas por rock industrial, new wave e synthpop. O primeiro EP autointitulado “Laranja Sonora” lançado em 2014, foi produzido por Alan Girardeli e registrado quando o projeto ainda era uma banda e soava como rock psicodélico.

Na ocasião, o projeto também era composto pelos músicos Renato Gontijo (guitarra), Jonathas Amaral (baixo), Luís Silva (bateria) e Ítalo Cardoso (guitarra). Para a gravação do segundo EP, Vitor convidou o produtor musical patense Caio Machado para a elaboração dos arranjos e o trabalho foi feito de forma remota devido à pandemia.

A capa 2D do disco, que homenageia e faz uma clara alusão à jogos de videogames indie de aventura e RPG, e até mesmo a clássicos arcades das décadas de 80 e 90, foi ilustrada pelo artista Vagner Oliveira, de Carmo do Paranaíba.


“Surfin’ “ é a única música com parte das letras em inglês e também é a única a trazer riffs de guitarra elétrica. Ela abre o EP demonstrando a estranheza sonora que está por vir com várias camadas de vocais, melodias dissonantes e frenéticas baterias eletrônicas.

Em “Se eu tivesse asas”, sintetizadores que remetem à fliperamas dos anos 80 dão vida à canção de maior apelo pop do trabalho. O som excêntrico volta em cena na canção “Máscaras”, que traz uma obscuridade similar a de bandas de new wave como Depeche Mode.

“Noite Fria” é a canção mais dançante do EP e apesar do uso abusivo de sintetizadores, se distancia da vibe retrô das outras músicas, soando como o synth pop dos anos 2000. Já a faixa “Gritos do Mar” é quase perturbadora, com ecos metálicos e densas linhas de baixo moduladas aos extremos.

O encerrado do EP fica por conta da zeppeliana “Sabemos que um dia vamos morrer”, uma faixa acústica soturna acompanha de um teclado mellotron defeituoso. O disco está disponível para audição na íntegra no Spotify, Deezer, YouTube e demais serviços de streaming.

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