O peso

Por Rugério Vaz


Na parede do quarto
O prego que segura o quadro
Já não aguenta mais o peso
Das lembranças de outrora

Já não mais me farto
Já não mais me enquadro
Com quem antes se fez avesso
E hoje se diz dono do agora

Não é que eu queira criticar
Tão pouco incomodar os
Repentes de mudanças, mas
Os olhos são atentos e observam
A todo momento a coerência que foi embora

E antes que eu seja servido
neste ingrato prato incoerente
Me fecho neste quarto
Deste poema faço o parto
Para abrir a nossa mente.


Mineiro desde 1984, Rugério Vaz respira poesia e joga uns poemas ao vento. Estudou Comunicação Social no Unipam e descobriu que prova não prova nada.

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