Relato sobre os relatos dos vírus e pestes: Do século V a.C. ao século XXI

Texto e ilustração por José Eduardo de Oliveira*


“O corpo não é um campo de batalha. Os doentes não são baixas inevitáveis, nem tampouco são inimigos.” Susan Sontag

* Este ensaio a seguir foi publicado na Revista Diga, há um ano, em abril de 2020. Estávamos todos desesperados, o Governo brasileiro além de não acreditar na COVID-19, aliás pelo contrário fazia chacota sobre a pandemia, obviamente não tomava nenhuma providência. Hoje, apesar de no Mundo já terem morrido quase três milhões de pessoas e no Brasil esse número já ultrapassa os 350 mil mortos, estamos mais esperançosos, as mortes em alguns lugares estão diminuindo, temos vários tipos de vacinas sendo aplicadas. Entretanto, no Brasil as coisas e as providências como sempre, além de tardias são envolvidas em casos de desvios de verbas para tratamento dos infectados e omissões vergonhosas dos três poderes e dos poderosos em particular e da sociedade civil em geral.

Apesar de nem sempre nos preocuparmos com a vida, a morte sempre nos apavorou, mas apavorou de forma muito mais assustadora quando ela aparecia através de pestes, pragas, vírus, endemias, pandemias e tantas outras doenças: peste negra, cólera, febre amarela, varíola, tuberculose, sífilis, tifo, malária, sarampo, hepatite, difteria, gripes, meningite, raiva, dengue, câncer, ebola, AIDS e agora, a COVID-19, o temível Coronavírus.

Alguns sobreviveram a elas e escreveram sobre aqueles dias, outros também as viveram através de suas imaginações e nos deixaram relatos históricos e/ou ficcionais tão vivos e cruciantes como se tivessem sido acometidos pelas doenças. De qualquer forma, ninguém passou ou sobreviveu incólume a elas. E nem o Mundo e as pessoas (Urbi et Orbi) reais ou imaginárias, foram as mesmas depois de cada uma delas.

Quais seriam as causas dessas doenças? Castigo divino? Devassidão moral? Desequilíbrio ecológico? Arma biológica?

E não deixa de ser interessante, que talvez a primeira narrativa é de uma peste que surgiu durante uma guerra, a Guerra do Peloponeso entre Esparta e Atenas no século V antes de Cristo e a última, é de um vírus que surgiu em meio à outra guerra, uma guerra comercial-ideológica entre os Estados Unidos e a China, e ainda está à espreita, neste tão conturbado e tenebroso início do século XXI.

A narrativa Ocidental, talvez a primeira conhecida de uma peste epidêmica, provavelmente tifo que aconteceu em Atenas, é a de Tucídides (455-400 a.C.), que a presenciou, no livro, “A Guerra do Peloponeso”. Esta guerra entre Atenas e Esparta aconteceu na segunda metade do século V a.C., e só para constar, estava em jogo a disputa da hegemonia política entre a democrática Atenas e a oligárquica Esparta. Atenas foi derrotada.

Segundo Tucídides, a peste começou entre os atenienses logo no início do conflito “(...) dizem que ela apareceu anteriormente em vários lugares (...) mas em parte alguma se tinha lembrança de nada comparável como calamidade ou em termos de destruição de vidas. Nem os médicos eram capazes de enfrentar a doença, já que de início tinham de tratá-la sem lhe conhecer a natureza e que a mortalidade entre eles era maior, por estarem mais expostos a ela.” (...) “de tal forma que a população local chegou a acusar os peloponésios (espartanos) de haverem posto veneno em suas cisternas...”. [p. 102]

Outra narrativa de uma peste da antiguidade que se tornou célebre, é ficcional, e é citada na peça teatral grega escrita no século V a.C., “Édipo Rei”, de Sófocles (496-406 a.C.). Esta tragédia foi escrita e encenada na mesma época da Guerra do Peloponeso e a peste aí aparece como um castigo divino que caiu sobre Tebas. Para Sófocles, “A divindade portadora do flagelo da febre flamejante ataca esta cidade; é a pavorosa peste que dizima a gente e a terra...” [p. 22]

O italiano Giovanni Boccaccio (1313-1375) escreveu o livro misto de ficção e realidade, “O Decamerão” (c.1353), que se tornou a principal referência sobre peste negra, ou peste bubônica (Yersinia pestis), talvez a primeira pandemia que horrorizou a Idade Média antes e depois de 1348, em toda a Europa e outros lugares, com destaque para cidade de Florença onde ele vivia neste período.

Assim descreve as origens da peste: “Por iniciativa dos corpos superiores, ou em consequência das nossas ações iníquas, esta pestilência, lançada sobre os mortais por justa ira de Deus e para nossa expiação, começara nas plagas orientais, alguns anos antes. (...) Em Florença no começo, apareciam, tanto nos homens como nas mulheres, seja na virilha, seja na axila, determinadas inchações. (...) o vulgo dava-lhes a denominação de bulbões.” Ou peste bubônica, a mais terrível pandemia de todas desde então.

E o pior de todas as pestes, o pior de tudo mesmo: “Quantos homens de valor, quantas lindas mulheres, quantos moços galhardos – que teriam sido considerados mais do que sãos por Galeno, Hipócrates ou Esculápio, além de outros – almoçaram pela manhã, com os respectivos parentes, os companheiros, os amigos, e, depois, na tarde que se lhe seguia, foram jantar no outro mundo, com os respectivos antepassados”. [p. 35-6, p. 41-2]

Cerca de trinta anos depois do O Decamerão, o inglês Geoffrey Chaucer (1340 –1400), que foi contemporâneo e talvez quase plagiador de Boccaccio, escreveu o livro ficcional, “Contos de Cantuária” (1386), onde descreve a peste de forma menos trágica.

Parece, que Chaucer, em alguns momentos, não leva muito à sério a peste, “O seu traje azul e vermelho cor de sangue era todo guarnecido de cendal e tafetá. Isso não quer dizer que fosse perdulário, pois soube economizar muito bem o que ganhara durante a epidemia de peste. Como na medicina o pó de ouro é tido como remédio, demonstrava pelo ouro particular devoção.” [p. 19]

O dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616) não escreveu nenhuma peça especificamente sobre a peste bubônica, apesar de ter vivido toda sua vida em meio a ela, que assolou não só Londres, mas toda a Europa. Assim, em pelo menos duas delas, a peste aparece. Em “Romeu e Julieta” (1596), sela ao acaso, os destinos dos protagonistas. Já, em “Rei Lear”, considera uma de suas filhas, tão ruim como uma peste.

Em Romeu e Julieta, um cinturão sanitário muda o desfecho deles: “...mas os guardas da cidade, suspeitando que viéssemos de uma casa onde reinava a peste infecciosa, fecharam as portas e não nos deixaram sair...”. À ingratidão da filha, Rei Lear, amaldiçoa: “Porém, és minha carne, sangue, filha, ou és doença que tenho na carne, e devo dizer minha: uma bolha, uma chaga de peste, ou um furúnculo do meu sangue corrupto.” [P. 100 e P. 323]

Assim, como Shakespeare, Samuel Pepys (1633-1703), foi um legítimo representante da Idade Moderna, mas infelizmente também ainda teve de conviver com a peste bubônica que devastou Londres no século XVII. De forma singular, este londrino registrou in loco em seu “Diário (1660-1669)”, publicado em 1825, o surgimento da peste negra em Londres em 1665, desde as primeiras vítimas, confinamentos de casas até que ela diminuísse paulatinamente no ano seguinte.

Assim registrou no diário no dia 10 de junho de 1665: “Em casa para jantar à noite, e lá para minha preocupação, soube que a praga chegou a Londres (embora nas três ou quatro semanas anteriores fora mantida de fora)”. E, em 27 de julho: “Em casa, encontro a lista semanal, que aumentou o total geral em mais de mil, com um total de mil setecentos de mortos pela praga.” Em 3 de sembro: “Deus, que loucura das pessoas, que acompanham em massa os mortos para comparecer ao funeral, mesmo sendo proibido.”

Daniel Defoe (1660-1731), célebre autor de Robinson Crusoé (1719), ao contrário de seu conterrâneo Samuel Pepys, não presenciou totalmente os fatos e eventos da peste de 1665 em Londres, que narra no seu “Um Diário do Ano da Peste” (1722).

Dessa forma descreve algumas providências da época: “...o lorde prefeito um homem muito sóbrio e religioso (...) determinou que os Colégios de Médicos publicassem orientações sobre remédios baratos para os pobres em todos os estágios da doença.” E que, “Cavaram diversas valas (...) Nestas valas, jogavam cinquenta, talvez sessenta cadáveres em cada uma.” [P. 53, 78]

Outro fatídico itinerário europeu da peste negra no século XVII foi a cidade italiana de Milão e que servirá como pano de fundo para o romance histórico “Os noivos” (1821) do milanês, Alessandro Manzoni (1785-1873). Segundo ele, alguns não respeitavam a quarentena: “Não há memória de que as autoridades sanitárias levantassem qualquer objeção (...) a procissão saiu da catedral e percorreu os bairros da cidade (...) na eficácia dessa piedosa romaria, as mortes recrudesceram em tal proporção, que só era atribuir esse acréscimo improviso à procissão de véspera.” [P. 236]

Depois de consagrada pela publicação de Frankenstein (1818), Mary Shelley (1797-1851), escreveria um distópico romance de ficção científica que se passa, olha só, no século XXI, “O último homem” (1826), sobre uma peste que iria eliminar todos humanos da Terra com exceção de um que narra a história. Para Shelley, “Essa palavra, embora nada mais fosse do que isso para ela, era PESTE. Esse inimigo da raça humana começara, no início de junho, a erguer sua cabeça de serpente nas margens do Nilo; partes da Ásia, geralmente imunes a esse mal, estavam infectadas.” [p. 191]

Em 1842, o norte-americano, Edgar Allan Poe (1809-1849), que tinha uma predileção mórbida pelos contos de fantasmas e mortos, em um deles, “A máscara da morte vermelha”, relembrou a peste uma das maiores ceifadeiras de vida de que se tinham notícias até então. Nesse conto, um príncipe tenta ludibriá-la. Seria isso possível? “Mas o mascarado tinha ido longe demais ao se fantasiar de Morte Vermelha. Sua vestimenta estava coberta de sangue e sua testa larga, assim como todo o rosto, estava manchada pelo horror escarlate.” [p. 54]

Na novela do escritor alemão, Thomas Mann (1875-1955), “Morte em Veneza” (1912), o que sugava lentamente a vida de um turista, além do amor, era a cólera-morbo (Vibrio cholerae) na crepuscular cidade dos canais e das gôndolas. Na época era “uma doença originária da Índia”, que sempre ia e vinha, nominada ora como cólera, ora como praga ou então peste.

E apesar de sua presença cotidiana em Veneza, “Não se deve falar sobre isso!” (...) “Os casos foram ocultados, mas uma semana após já havia dez, havia vinte, trinta, e isso em zonas diferentes.” Assim, “...o receio de enormes perdas que, no caso de um pânico ou de um descrédito da cidade, (...) evidenciou-se mais poderoso do que o amor à verdade (...) Em virtude disso, as autoridades aferravam-se obstinadamente à sua política de silêncio, desmentindo todo e qualquer boato.” [ P. 119; 132.]

O escritor argelino Albert Camus (1913-1960), em seu livro “A peste” (1947), tem como epígrafe uma frase de Daniel Defoe, onde foi se inspirar para escrever sua “fábula” moderna sobre a peste bubônica. No ano seguinte, 1948, ele retoma esse tema tão fascinante quanto terrível e escreve a peça teatral, “Estado de Sítio”, nela Peste é uma personagem.

E, na Peste, como sói acontecer nesses casos, inicialmente, ninguém sabia o que fazer: “Essa sindicância mostrou uns vinte casos semelhantes em alguns dias. Quase todos tinham sido fatais. Pediu então a ..., secretário do Sindicato dos Médicos..., o isolamento dos novos doentes. – Mas não posso fazer nada – respondeu ... . Essas providências são com a Prefeitura. Além disso, quem lhe diz que há risco de contágio?” [p. 26]

Desde o século XV, a América Latina foi infectada por todo tipo de doenças, pestes e pragas, sobretudo, forasteiras. O colombiano Gabriel Garcia Márquez (1927-2014), em seu romance, “O amor nos tempos do Cólera” (1985), apropria-se de um desses surtos da epidemia de cólera-morbo para nos contar uma inverossímil história de amor.

Segundo Márquez, “A epidemia de cólera morbo, cujas primeiras vítimas tombaram fulminadas nos charcos do mercado, causara em onze semanas a maior mortandade de nossa história. (...) O cólera se encarniçou muito mais contra a população negra, por ser a mais numerosa e pobre, mas na realidade não teve contemplação com cores nem linhagens.” [P. 140-6]

A escritora norte-americana Susan Sontag (1933-2004), em dois ensaios, “Doença como metáfora” (1978) e “AIDS e suas metáforas” (1988) nos joga dentro de duas doenças estigmatizadas pela sociedade e são tão temidas como a peste negra, a cólera e outras: o câncer e a AIDS. Do estigma do câncer Sontag padeceu mesmo sendo curada em 1976. E a AIDS? Ainda hoje está aí prenhe de metáforas, paranoias e mentiras, sobretudo de suas origens, como de todas as epidemias... Sobre o câncer, “Agora é a vez de o câncer ocupar a vaga da enfermidade que entra sem pedir licença; é o câncer que representa o papel de uma doença vivenciada como uma invasão cruel e secreta.” E a AIDS, “Segundo uma versão dessa teoria muito difundida na África, o vírus foi fabricado num laboratório da CIA (...) de lá foi mandado à África e terminou reentrando em seu país de origem, trazido por missionários homossexuais americanos.” [p. 62]

O escritor português José Saramago (1922-2010), numa narrativa angustiante em seu romance “Ensaio sobre a cegueira” (1995), nos envolve no que seria o comportamento humano numa epidemia não letal onde todos ou quase todos ficassem cegos.

Como em toda epidemia o que acontece primeiro é o pânico, “Avisar as autoridades sanitárias, o ministério, é o mais urgente, se se trata realmente duma epidemia é preciso tomar providências (...) O homem quis saber de que se tratava antes de o passar ao superior imediato, e estava claro que qualquer médico com sentido de responsabilidade não iria pôr-se a anunciar o surgimento de uma epidemia de cegueira ao primeiro subalterno que lhe aparecesse pela frente, o pânico seria imediato”. [p.39-40]

No início do século XX, mais exatamente em torno do ano de 1918, uma pandemia, a influenza, ou Gripe Espanhola, como ficou conhecida, assolou o mundo e logicamente também o Brasil. Foi e ainda continua sendo a doença mais mortal de todas as doenças que acometeram os seres humanos. Segundo, John M. Barry, “Em 1918, a população mundial era de 1,8 bilhão, e a pandemia matou, provavelmente, 50 a 100 milhões de pessoas, com a menor estimativa moderna na casa dos 35 milhões.” [p. 503]

No Brasil inúmeros escritores, dramaturgos, poetas, memorialistas e outros escreveram sobre esta gripe, que não foi, como nenhuma é, “uma gripezinha”. Destacarei apenas dois que foram contemporâneos dela.

O primeiro deles, o mineiro Pedro Nava (1903-1984), no volume três de seus livros de memórias, “Chão de Ferro”, ele em 1918, em plena adolescência presencia a chegada e as consequências da doença.

“Corria um boato de que havia uma espécie de epidemia a bordo do La Plata, morte, vários doentes (...). Que essa peste lavrava na Europa, na África, podia chegar aos nossos portos.” - “Antigamente, no Cemitério..., havia, de cada lado e no meio das quadras da direita e da esquerda, dois belos círculos ajardinados. Desapareceram durante a gripe, transformados em grandes valas comuns. (...) A sineta de entrada nos cemitérios não parava de bater, quase enlouquecendo os vivos das casas próximas. (...) Era de ver as ruas vazias cortadas de raro em raro pelos rabecões e caminhões de cadáveres...” [197;205]

 Outro contemporâneo da Gripe Espanhola e que escreveu sobre ela foi o dramaturgo pernambucano, Nelson Rodrigues (1912-1980), e também num livro de memórias escrito em 1967, “A menina sem estrela”, onde relembra mesmo sendo uma criança, da gripe de 1918 no Rio de Janeiro: “Ora, a gripe foi, justamente, a morte sem velório. Morria-se em massa. E foi de repente. De um dia para o outro, todo mundo começou a morrer. Os primeiros ainda foram chorados, velados e floridos. Mas quando a cidade sentiu que era mesmo a peste, ninguém chorou mais, nem velou, nem floriu. O velório seria um luxo insuportável para os outros defuntos. Era em 1918. A morte estava no ar e repito: - difusa, volatizada, atmosférica; todos a respiravam.” [p. 11]

À maneira de um Tucídides, que escreveu durante uma guerra e uma pandemia, um grupo de quinze intelectuais, dentre eles, Giorgio Agamben, Judith Butler, Slavoj Zizek, Patricia Manrique e Paul B. Preciado, lançou por assim dizer, uma publicação sobre a pandemia COVID-19, “A sopa de Wuhan” (2020), que segundo o organizador, Pablo Amadeo, “é uma compilação do pensamento contemporâneo em torno da COVID 19 e seus desdobramentos e controvérsias em todo o mundo.”.

“Tenha calma, disse o médico, numa epidemia não há culpados, todos são vítimas.” José Saramago. “Será?”

Publicado inicialmente na Revista Digital DIGA - Edição de ABRIL/2020, agora revisto e com acréscimos e excertos das obras e de bibliografia.


José Eduardo de Oliveira é licenciado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto


BIBLIOGRAFIA E FILMES SOBRE PESTE, VÍRUS ETC.

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2 Comentários

  1. Parabéns pelo artigo.Otimas sugestões de livros e filmes.

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  2. Tiro o chapéu para o trabalho de pesquisa do professor José Eduardo de Oliveira. Ele conseguiu fazer um panorama muito abrangente do que se tem notícia, ficcional ou não, com relação às “pestes” que assolaram a humanidade.
    Trata-se de um trabalho excelente e de grande relevância devido à enorme carga de informações extraídas do vasto conhecimento histórico e literário do autor. 👏👏👏
    Jô Drumond

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